Esse cenário limita a equalização das taxas de juros
O Radar Macroeconômico de março de 2025, divulgado pelo Sistema FAESP/SENAR-SP, aponta sinais claros de desaceleração da economia brasileira e do mercado de trabalho. Segundo Claudio Brisolara, Chefe de Assuntos Econômicos e Técnicos da entidade, a aprovação da LOA 2025 no fim do primeiro trimestre impôs limites aos gastos públicos, ajudando a conter despesas federais, mas também restringindo a capacidade de estímulo econômico.
“Sinais de arrefecimento na economia brasileira e no mercado de trabalho começam a aparecer com mais clareza. A aprovação da LOA 2025 ao final do 1º trimestre impôs limitação ao gasto público, o que, por outro lado, colaborou para conter parte das despesas federais no início do ano”, comenta.
A inflação persiste, mas há indicativos de convergência à meta devido ao comportamento do câmbio e indicadores antecedentes. No entanto, a fragilidade fiscal segue como o principal desafio macroeconômico, impactando a política monetária e reduzindo a margem de manobra do governo para negociações futuras, como o Plano Agrícola e Pecuário 2025/26.
Para o agronegócio, esse cenário limita a equalização das taxas de juros, a subvenção ao seguro rural e os programas de apoio à comercialização. Diante disso, o setor precisará de estratégias mais eficientes e um diálogo constante para garantir a melhor alocação dos recursos públicos. “Para o setor agropecuário, isso significa menos espaço para equalização das taxas de juros, subvenção ao prêmio do seguro rural, apoio à comercialização e mais necessidade de diálogo e estratégias eficientes de alocação dos recursos públicos”, completa.
Fonte: Agrolink
